Trailer do Documentário :A Próxima Estação.
Sobre o documentário "La Próxima Estación":
"A privatização da empresa estatal Ferrocarriles Argentinos é o ponto de partida para que Fernando Solanas conte uma história dos trens no país vizinho. A Argentina teve uma das maiores malhas ferroviárias do mundo, que começou a ser desmontada em 1960, quando o presidente Arturo Frondizi, eleito democraticamente, abriu o país para as montadoras norte-americanas. Em favorecimento do carro, a malha ferroviária foi substituída pela rodoviária.
O patrimônio público, os trens, foi sendo assaltado pelos sucessivos governos, especialmente os militares, porque as lideranças sindicais no setor eram predominantemente peronistas. A redemocratização não acabou com a pilhagem. A privatização acabou com o serviço e levou a todo tipo de acusação de enriquecimento ilícito contra presidentes como Menen e Kirchner. Instauraram-se centenas de processos que foram acabando em pizza, mas o filme, lançado pouco antes das eleições legislativas na Argentina, com certeza contribuiu para a derrota do partido da atual presidente e seu marido, o ex-presidente. Solanas, com a veemência de Michael Moore, vai atrás das autoridades (ir)responsáveis. Ele entrevista políticos, magistrados. Seu filme debate um tema pertinente no Brasil das atuais acusações ao presidente do Senado, José Sarney. Solanas discute, afinal, o que são bens públicos e privados? O sucateamento da malha ferroviária vira ataque ao novo mundo das economias globais. O filme é o melhor da série de documentários iniciada com Memoria del Saqueo. Tem personagens fortes e momentos que possuem a intensidade das melhores ficções. O tango, na trilha, ajuda a criar o clima. Naturalmente, Solanas poderá ser acusado de passadista, de falta de isenção etc., mas A Próxima Estação é um filme, não uma reportagem."
Sobre o Trem-bala São Paulo Río:
"Além de entraves ambientais, problemas de logística e desapropriações, definição de quem vai arcar com o valor mínimo de R$ 68 milhões por quilômetro construído e toda a sorte de aspectos legais, o projeto do trem de alta velocidade (TAV) que pretende unir Campinas e Rio por trilhos e túneis, até a Copa de 2014, vai esbarrar também numa questão histórica - nunca, em todo o mundo, levando em conta os projetos de trem-bala, foi construído algo parecido em menos de cinco anos e meio."
Não seria melhor fazer bons trens comuns em lugar de Trem-bala?
ppirataargentino#gmail.com
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